Como um quebra-mar, mantenho-me suportando os problemas que são atirados contra mim, num choque violento, ainda assim aguento, mas por quanto tempo?
A solidão é vagalhão, que me atinge violentamente, arrancando os pedaços de rocha e os atirando ao mar, sou britado por estes sentimentos, sou proteção determinada, forjo aqui o ferro da espada que me fere, aguento à dor como se tivesse sentido, como se fosse lógico, mesmo sem propósito, fico lá, à espera de cumprir meu dever, imóvel, impávido.
Mas, como é de senso comum, a água, pouco a pouco, mina a rocha, sinto que estou colapsando, mal aguento meu próprio peso, imagine estas ondas. Pior, sei que mais um vagalhão se aproxima, gigante como sempre, se ninguém reparar estes danos em mim, eu irei ruir.
Toinho Stark do Cangaço, 07/12/2022
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