segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Sinopse: "Fulgurbs: A cidade do relâmpago"

Premissa geral:

    A história se passa na cidade de Fulgurbs, com as dificuldades e desigualdades de uma cidade complicada desde sua origem.

    No planeta de Tellomus, existe uma zona de tempestade muito intensa sobre o leste do continente de Finespes, uma zona considerada inabitável por milênios, dadas as fortes chuvas, intensos raios e fogo de santelmo que, diariamente, castigavam os cerca de quatrocentos mil quilômetros quadrados de terra.

    Porém Finespes se encontra em uma crise de moradia, com poucos espaços livres para a construção, sobrando apenas as grandes montanhas de Magmatris, que não sofrem de efeitos climáticos extremos, ou a terra inabitada, relativamente plana e tempestuosa de Fulmen. A população mais pobre era a mais necessitada de novas moradias, com muitos vagando pelas ruas e becos das grandes cidades, implorando ao governo que novas moradias fossem construídas. A população mais rica, quando em necessidade de novas moradias, apenas construía uma residência nas montanhas ou até mesmo no mar.

    A primeira proposta era que Magmatris fosse o local do projeto de uma nova cidade, capaz de suportar até um milhão de habitantes quando completada. Porém, dada a dificuldade logística e o custo elevado de construir uma cidade em montanhas tão altas que podiam rasgar as nuvens do céu, mesmo com a elevadíssima tecnologia disponível, a decisão foi tomada de construir em Fulmen, dado o custo relativamente baixo de construção e expansão.

    A cidade, nomeada de Fulgurbs, foi completada em tempo recorde, ao custo de algumas dezenas de operários que faleceram em decorrência dos eventos climáticos locais. Em cerca de dois anos, uma estrutura completamente funcional e eficiente foi erguida para suportar um milhão e duzentos mil habitantes. Toda a estrutura base foi oferecida para que os habitantes pudessem levar uma vida normal e tranquila, exceto pelos eventos climáticos cataclísmicos para os novos cidadãos.

    Para ela, todos os menos favorecidos sem residência foram realocados, porém um estranho movimento iniciou-se, com vários ricos comprando residências de pessoas mais pobres que moravam fora de Fulgurbs. O movimento deixou várias casas desabitadas fora da zona da tempestade, com muitas pessoas que moravam lá se mudando para Fulgurbs após venderem seus domicílios. Com isso, logo Fulgurbs encheu-se de pessoas da classe baixa, que mal sabiam estar entrando num plano acidental, porém muito cruel, de afastar as pessoas mais pobres dos grandes centros urbanos tranquilos e enviá-los, cada vez mais para as zonas tempestuosas do continente.

    Os ricos nem planejaram nada, apenas queriam ter uma casa próxima ao centro, pela conveniência de acesso a todos os serviços e mantiveram-se morando em suas casas nas montanhas ou no mar pela "paz de espírito" que buscavam vagamente. Este ato de comprarem residências nos centros urbanos calmos fez, porém, com que várias pessoas de classe baixa que moravam nestes lugares se vissem tentadas pelas propostas extraordinárias das classes altas de comprarem suas casas a preços acima dos de mercado, sem saber que seu destino seria morar num lugar castigado por tempestades.

    Com o tempo, Fulgurbs lotou e tiveram que planejar novas cidades no, agora nomeado, estado de Fulmen, todas elas adentrando cada vez mais em direção ao centro das tenebrosas tempestades locais.

    A história é contada do ponto de vista de Cassius Lucius, um habitante sábio de Fulgurbs que percebe o grande movimento se desenrolando ante aos seus olhos, começando a escrever sobre o local e até a propagar o quão insípida é a vida lá.

    A história aborda tanto a luta de Cassius de convencer as pessoas a não se mudarem para lá, como também de combater conspirações de habitantes de Fulgurbs e outras pessoas de fora, influenciadas por seus trabalhos de explicação das condições de vida locais, que acreditam ser uma grande conspiração do governo ou dos ricos para cometer um genocídio da população mais pobre. Seu árduo trabalho, por vezes, é destorcido por conspiracionistas que apenas querem atenção e espalhar mentiras, dizendo ser tudo parte de um grande plano do governo e/ou pessoas ricas para exterminar os pobres ou dominar o mundo.


    Os nomes são de origem latina, aqui está a sua inspiração:

-Fulgurbs: (Fulgur + Urbs) Junção de "Relâmpago" e "Cidade", seria como "Cidade do Relâmpago"

-Tellomus: (Tellūs + Domus) Junção de "Planeta" e "Casa", como se fosse um "Lar Terra"

-Finespes: (Fines + Spēs) Junção de "Território" ou "Limites" com "Esperança", significa tanto "Território da Esperança" quanto "O Limite da Esperança", recebeu esse nome pelos seus descobridores no ano de 1492 PC ("PC" = "Após o Chamado". Foi um evento em que uma pessoa convocou doze homens para peregrinar com ele por terras distantes e nunca mais voltou, se tornando um evento religioso canônico para a maioria dos habitantes de Tellomus).

-Magmatris: (Magnum + Mātris) Junção de "Grande" com "Mãe", então seria uma "Mãezona"

-Fulmen: Relâmpago


Escrito dia 16/12/2024

sábado, 23 de novembro de 2024

An open letter for those who want war

   Why to wage a war? That's the first thing that comes to mind. Living a peaceful life should be everyone's right, then, again, why ruin it with your political and/or economical ideas? A lack of symphaty, understanding, love and respect, that's the only reason to fight. For those who crave war, already lost their humanity, their feelings and their soul.

   To be a reasonable fight, it should only be to defend yourself and those you love from unfair agressions, but what we see today are made up enemies to conform political made up causes. Unfortunatly, the losses aren't made up. Look at your enemy and remember that, just like you, they have a family, friends and a political leader that really doesn't care about it all, but its own interest.

   Fight for what? War brings destruction, spends your money and of those you love, might also spend your lives, something you can never get back, no matter what victory it brings. Living under the constant fear that a flash of light will simply evaporate you and everyone you know in seconds isn't really a good life perspective, is it? Then, again, this is only for us, not for those political leaders who wage the war, they're well safegarded within their bunkers, away from the turmoil. On the day they lead an army in the frontline, then, maybe, it'll make sense to fight.

    Why go "Давай за" if you can simply avoid "Война"? I don't speak russian, so I can't really get them the same message, but I wish they could listen to their own music, especially KINO, so I leave here some citations: "И две тысячи лет война, война без особых причин, война дело молодых, лекарство против морщин" - Группа КИНО - Звезда по имени Солнце; "Перебиты, поломаны ноги, каждый звук отдаётся в мозгах, да и жаль умирать мне, ей богу, о двадцати неполных годах. Слёзы льются, из глаз моих льются, а не могу я их удержать, сам себе говорю: «Успокойся, а мы с улыбкой пойдём умирать!»" - Александр Дорошенко - Афган.

    To make the world a better place, we need to respect and understand each other, on both sides. Why not just go with a calm life? Daily buying some bread, beetroots, potatoes, meat and going home? Or going to work and safely come back home? Instead of coming out of your way to kill someone you don't even know, just because someone else said so. If two nations don't wanna fight each other, there's no war. Just live a safe life, there are already so many other problems in this world to deal, why create a new one?

    Die in war, what a sad way to end a life. Your badges won't take you to a better place, your medals won't bring you back to life, nor your fallen friends, war doesn't bring victory to anyone, just two types of defeat, the ones who lose everything to win the war and the ones who lose everything for nothing. My plead is not a case of "Make love, not war", it's more like "Make anything but war", we fight so many battles everyday, why fight one more?


Toinho Stark do Cangaço, 23/11/2024


23/11/2024

(Why to fight? Why to die?)

(Why not just go with a calm life? Daily buying some bread, beetroots, potatoes, meat and going home? Or going to work and safely come back home? Instead of coming out of your way to kill someone you don't even know, just because someone else said so.)

(Why go "Давай за" if you can simply avoid "Война"?)

(It's not a case of "Make love, not war", but rather a "Make anything but war")

(War doesn't bring victory to anyone, just two types of defeat)

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Nosso precioso tempo

    O que tinha, a princípio, era uma promessa de eternamente viver a felicidade, de dedicar-se um ao outro sem pedir nada em troca, um amor lindo e perfeito, pautado em nossa inocência e inexperiência, onde cada contato era mágico, cada descobrimento era como pisar na Lua, cada passo era pequeno para um homem, mas um salto para nossa felicidade. Horas a fio, me mantinha acordado para te agradar, me erguia para te fazer sorrir novamente, sabendo que o mesmo tu fazias por mim.

    Que você se dedicou de maneira excruciante, pois a dor não te doía, era claro, em nossa cegueira de amor, víamos tudo. Teu sorriso, tuas lágrimas, me recordo com apreço, toda riqueza é ninharia perto disso, sei o valor que cada noite em claro, cada gemido, cada esforço, cada descanso e cada sorriso teve. O duro trabalho conjunto que fazíamos parecia diversão, alimentávamos nossa paixão sem nem perceber.

    Houve um tempo que parecia mágica, que percorria a mão pelos seus cabelos e sentia tal energia, como se curasse minha alma. Teus doces risos eram pura dopamina, ecoavam dentro de mim e arrepiavam, meu corpo apenas mimicava tua felicidade sem se preocupar com motivos. Eras como um chocolate, que viciava a cada segundo, um prazer te ter comigo, te derreter em minha boca, saboreando aos poucos. Teus comentários da natureza, devaneios, as vezes que cozinhamos juntos, até os tapinhas que eu não pedi para receber e reclamei, tudo valeu a pena

    Com isto, nós passamos por muitas coisas, tantos momentos maravilhosos, outros tristes, mas estavas lá ao meu lado nos piores dias de minha vida, me acolhendo nos teus braços, me dando teu ombro para choro, entendendo meu pranto e respeitando meu tempo. Lembro que estava de costas para ti, naquele fatídico dia 06 de Novembro, e você me abraçou por trás, sonorizando um leve gemido de calmaria, me dizendo que estava tudo bem, que iria ficar tudo bem. Das brigas tiramos ensinamentos, dos momentos tristes, criamos laços fortes, da fraqueza, a força.

    Nosso tempo, porém, mudou aos poucos, sutilmente desatando os nós que nos uniam. No começo, cada minuto parecia durar horas, mas hoje em dia, as horas parecem durar minutos. Hoje mastigo apressado a barra inteira, sem sequer perceber que comi todo o chocolate, mesmo tentando saborear até os resquícios do dente, essa dose não surte mais efeito. Sinto-me perdido no espaço, se algum momento ao teu lado parece durar uma eternidade agora, é de tédio e não felicidade, não há novidade.

    Amor, o que aconteceu com o tempo que passávamos juntos? Parece que agora nosso tempo vale menos, quando houve essa inflação? Por que perdeu tanto valor? É como se tudo tivesse virado rotina. Estou eu anestesiado por tanto te ter? Será que preciso dar falta de você para voltar a sentir todo aquele prazer? Preciso de respostas para esta que é a maior crise que já enfrentamos, a desvalorização do nosso precioso tempo.



Toinho Stark do Cangaço, 20-21/11/2024


20/11/2024

(No começo, cada minuto parecia durar horas, hoje em dia, as horas parecem durar minutos)

(O que aconteceu com o tempo que passávamos juntos? Parece que agora nosso tempo vale menos, quando houve essa inflação? Por que perdeu tanto valor?)

21/11/2024

(O que houve com nosso amor?)

(Chocolate)

(Hoje mastigo apressado a barra inteira, nem percebo que estou comendo todo o chocolate, mesmo assim, tentando colher até os resquícios do dente, essa dose nem surte efeito mais.)

(Como se tudo tivesse virado rotina)

(Estou eu anestesiado por tanto te ter? Será que preciso dar falta de você)

domingo, 10 de novembro de 2024

In Prudence

    -"Joseph Greenwood, the forensic investigator, just arrived, I'll guide you to the scene, be careful, firefighters said the zone is still prone to fires"

    As I walk through this scene that I've seen so often before, I can already deduce so many things, skid marks, must have lost control, the wrecked car on the ditch says everything, what was the cause this time? Drunk driving? Speeding? A moose? We'll see.

    I've done it many times before, I've grown used to it. I'm looking at evidence in the car, on the highway, it's so dark, only flashlights and floodlights iluminate the scene. The accident happened around 9 PM, the car flipped over several times before resting on that ditch, a single occupant, deceased on the scene, nothing that I've never seen before, however, this case struck me with curiosity.

    The driver was examined, not a single drop of alcohol, no visible animals or obstacles, everything concludes that the driver lost control on its own, I can already conclude that it was a case of speeding, as sleeping on the wheel woudn't leave this marks on the asphalt, but I wait my fellow investigators to do their job. The result is that he was doing 120 km/h on an 80 km/h zone, lost control on its own and crashed. Something I've seen dozens of times already, but I feel awkward looking at the personal belongings of this 32 year old man.

    As I walk on the scene, so many things catch my eyes, a small glimpse and I see a book on a bag, opening it on the marked page, it's 237, halfway, I've read this one before, too bad he will never know that the woman on the book manages to escape the abusive relationship she's living and finds a fulfilling life with that other guy that no one noticed from the beginning. That story is amazing on the last chapter, but he was shy of it by about 130 pages.

    Next thing I see is the GPS, still showing his destination, about 1 km away from here, near the exit. At 80 km/h, he would be there in 45 seconds, at 120 km/h he was supposed to be there in 30 seconds, but I guess now he will never be. A half eaten burger is sitting in the ground, probably due to the impact, he didn't have time to finish his last meal. Next, his ID was given to me by a police officer, "Adam McNelson", that sure was a good name, birthdate in 2 months. 

    On his personal bag, near the book I found earlier, there's a folder, inside of it, several documents, a few works of calculation and some drawings, the last one is unfinished, half the face of a pretty woman, some sketches where the rest of the face should be, so many things left undone. I can see his case with pencils of varying sizes and tips, erasers, sharpeners, all waiting eagerly to be used.

    A family picture, how touching, a wife and two kids, I bet they're there still waiting for their beloved father that will never enter that door again. I've never been emotionally moved by a scene like this before, normally, I feel no simpathy for them because they were reckless and careless, but this guy was different. A tear rolled down, I felt unease knowing that he died halfway such a wonderful life, achieving all a man would need, just to die saving a few seconds of said precious time, in that effort, he lost a couple of decades, was it worth the gamble? Even more ironic is that he died just outside the County of Prudence.

Toinho Stark do Cangaço, 09/11/2024 (dd/mm/yyyy)


(What to add in the text: The half read book, GPS showing 1km or so to the destination, might use burgers as a unit, doing 120km/h on an 80km/h zone, half finished drawing, half eaten burger, family waiting at home, half a lifespan, not under the influence)

(Died, ironically near the county of Prudence)

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Os desenhos referentes ao dia de hoje

     Pois hei de explicar cada desenho em sua legenda:


A árvore seca é a morte em si, de forma física, da mesma forma, o relógio sem os ponteiros representa o fim do tempo da pessoa na terra, representando a morte metafórica, também representa a passagem do tempo sem que a pessoa perceba, já que você nem sabe que horas são. Os pedregulhos são os cacos do que um dia foi tudo, o rio corre ao lado da mesma forma que o tempo corre sem podermos pará-lo. O girassol representa a nova vida, uma pessoa na flor da idade, neste caso, eu mesmo, que observa ao longe o fim dela, também é uma referência à música da banda Cidade Negra, chamada "Girassol". A borboleta é uma referência ao desenho do ano passado, que tinha uma borboleta pousando em meu dedo, a carambola no chão representa a minha infância, comendo carambolas na casa de uma pessoa que morava perto, ia com ela para lá comer carambolas direto do pé.

A ponte quebrada representa a falta de conexão, como se não houvesse mais contato entre um lado e o outro, também representa a sensação de ceder, de não aguentar mais o próprio peso e colapsar, assim como não aguentar o peso do mundo passando por cima de ti, além de representar a ideia de que você é indestrutível, mas, no fundo, só quer colapsar, ir à lona, pois a gravidade sempre está ali tentando te derrubar. O rio correndo representa o tempo, que impiedosamente corre, sem esperar por nós, sem ser detido, sem pedir licença, apenas flui no seu ritmo, nos foçando a acompanhá-lo.

À minha segunda mãe

    Não sei sequer como começar a falar sobre isso, porque meus sentimentos ainda afloram, mesmo após quatro anos, quando lembro de ti ou penso em ti, tudo virou um tabú que eu tento, inutilmente, vencer. É mais fácil falar dez palavrões em sequência do que o seu nome, até mesmo a sua função de tia, eu não consigo dirigir a ninguém, me sinto o Wonka tentando falar a palavra "pai", virou uma palavra sagrada para mim, uma memória de alguém tão incrível, uma verdadeira super-heroína, que acompanhou todos os familiares nos hospitais até seus leitos de morte, mas morreu sozinha, abandonada, num quarto onde ninguém podia ir até ti.

    Consigo imaginar o sofrimento, a solidão e a dor que você passou, a enfermeira contou que você dizia: "Não me deixe fechar os olhos, estou com medo de não acordar mais", e você, no hospital que tanto odiava por ter levado de ti tantos parentes importantes, repousava ali, somente como um número no hospital Otávio de Freitas, somente mais uma. Esta uma que foi dita como "doença psicológica", por um médico na UPA, agora estava pagando o preço de uma conta que não era dela.

    Nunca mais pude te ter ao meu lado, pois agora não estávamos no mesmo mundo, lembro de promessas que te fiz e não pude cumprir, lembro-me, em Março de 2020, no seu aniversário, poucos dias depois, na verdade, eu tinha feito um bolo de coco, lembro que você disse que queria muito comer bolo prestígio, mas eu já tinha planejado o de coco, tolo eu de achar que este plano valia de algo, te disse, inocentemente: "Ano que vem, no seu aniversário, prometo que faço um bolo prestígio para você, só esperar, não precisa se preocupar", eu pensava que era cedo, mas, no momento que tomei aquela decisão, já era tarde.

    Te prometi também que terias teu espaço em minha futura casa, quando a construísse, que colocaria uma rede entre dois pés de manga, sua fruta preferida, hei de fazer, sempre que quiser, pode visitar, se é que existe uma forma, será seu porto seguro. Teu lugar em minha morada, assim como em meu coração, sempre será teu. Todas as promessas que te fiz, pode me cobrar, buscarei fazê-las de bom grado, igualmente ao seu amor por mim, o meu por ti é incondicional. 

    Esquecer de você é como negar quem tanto fez por mim, mas lembrar de ti também é sofrido, como um martírio, é um dilema que tenho, lembro-me que não fiz, enquanto em sua vida, tudo que deveria ter feito, por alguém tão importante, tão especial, que cuidou de todos nós. Lembro que naquele dia, chorei muito, mas não deixei ninguém ver meu pranto, lembro de passar dias chorando em meu canto, tantas semanas que não sei nem contar. Enquanto alguém lembrar de ti, você estará viva, seu sorriso, sua história, sua capacidade de ver a maldade das pessoas sem sequer conhecê-las, sempre acertando. Sua morte em 06 de Novembro de 2020 não me deixou com medo de viver, mas sim de não ter vivido o bastante quando for tarde de mais.


Toinho Stark do Cangaço, 04-06/11/2024

(Não tenho medo de viver, mas sim de não ter vivido o bastante quando for tarde de mais)

(Lembro de minhas promessas e de tudo que não pude cumprir, de ter te dito, inocentemente, que sempre teria o próximo ano para cumprir, eu pensava que era cedo, mas ali já era tarde demais no momento que tomei aquela decisão)

(Não consigo nunca te esquecer)

Meu Sol que partiu

Sua graça aliviou

Qualquer sofrimento

Um anjo que afastou

De mim o tormento


Seu sorriso alegrava

Tudo que passava

Se bem você estava

Meu dia melhorava


Faz falta seu cuidado

Te ter ao meu lado

Ser por ti confortado

Era meu agrado


Choro aqui sob o lençol

Coração de paiol

Você deixou de ser Sol

Para se tornar sol


Toinho Stark do Cangaço 01-06/11/2024


Dedicado à minha tia, que foi uma segunda mãe para mim, pode até ter deixado de estar aqui em 06 de Novembro de 2020, mas nunca deixou de estar junto a mim.


(Choro aqui sob o lençol)

(Você deixou de ser Sol para se tornar sol)

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