terça-feira, 7 de maio de 2024

A calma Maré Selvagem

    Perdido no castanho dos teus olhos, uma mulher de alma pura, acolhendo meu sorriso vagarosamente, me dizendo, pausadamente, que sou a pessoa mais importante da sua vida, que dos seus braços não há saída, mas quem sairia deste paraíso por vontade própria? O calmo e quente conforto do teu colo me faz querer te cantar tal qual Djavan, ouvir teus doces ensinamentos como quem ouve Lenine, me dando paciência no silêncio das estrelas enquanto te falo sobre o céu lilás, me sinto em seus braços como Fábio Júnior, pareço um menino.
    Digo-te o quanto te amo, um amor puro como o som de Liebestraum do Liszt. Parece mágica, flutuamos no céu e paramos no tempo tal qual a Misuzu, meu coração bate feliz até pular do peito, fico sem jeito de fazer qualquer coisa, pensar em ti é um estímulo à alma, uma energia vital, se eu sou um transformador de 69 kV, você é a usina de Paulo Afonso, sou grão de areia e você Terra, você é Duracell e eu sou um rádio de pilha tentando sintonizar Miki Matsubara para o cupido nos flechar, minha deusa do amor e da vitória.
    Um belo dia nos tocamos no olhar, sentimos que deveríamos dar mais um passo, adentrando um novo mundo, aos poucos, abro as portas do paraíso, falo a língua dos deuses, te mostro como é bom amar, viver juntos, correndo os dedos pelo teu corpo, te faço descobrir novos sentidos, tu me mostras o sorriso que faz valer a pena viver, nós comunicamos a felicidade sem dizer uma palavra, evoluímos como o passo de Cânone em Ré Maior do Pachelbel, a maré, que outrora calma, faz jus ao seu nome, torna-se agitada, no balanço do mar, galopamos à luz do luar. A lua me lembra como minha felicidade gira em torno de ti, sou um asteroide que passa, sem nome, tu és dona, a força do amor enquanto a lua bonita no céu molha nosso amor.
    Ensinaste muito do que sei sobre o amor, és como a mãe Maria sussurrando sábias palavras, como a mestra Roxy, às vezes somos delinquentes como Adachi e Shimamura, às vezes inocentes como Gojou e Marin, trágicos como a história de "Vidas ao Vento", complicados como Yuuta e Rikka, nosso amor é mais proibido que o de Koyume e Tsubasa, mas é tão explícito quanto de Haruka e Yuu, quase Romeu e Julieta, às vezes até brigamos como Aurélia e Fernando, mas sempre estamos unidos como polos opostos de um imã.
    É tão bom tocar seus lábios com a boca ou com os dedos, até esta coisa dura logo acima deles, o nariz, a maravilha de levantar seu rosto com os dedos e beijá-la enquanto coras. Sou seu alívio, sua felicidade, és minha estrela e dona da minha cabeça, a sílfide que repousa em minha floresta, a Afrodite que me põe de joelhos, a princesa Isabel que me liberta, a alvorada e aurora do meu dia, as aventuras do amor, que deita ao meu lado, rimos juntos, choramos juntos e vivemos juntos, seu amor só me invade e fim. Por isso espero pegar este navio de novo todos os dias, no balanço do vai e vem com destino ao seu coração, por isso não te esqueço jamais, meu doce, espero poder sentir tudo novamente contigo, até a próxima.

Toinho Stark do Cangaço, 30/04/2024 - 03/05/2024


Nota do autor (Adicionada dia 07/05/2024): Eu juro que em "vai e vem" eu queria colocar o link da Wikipédia para a definição de "sexo", mas lembrei que tinha escrito isso em referência à música "Pra Sonhar" do Marcelo Jeneci, enfim, é uma referência muito boa para deixar passar. 07/05/2024.

Nota do autor 2 (Adicionada dia 07/05/2024): Esse texto teve uma leve inspiração nas alusões e referências a terceiros feitas nas músicas: "Djavan - Sina", "Djavan - Linha do Equador", "Djavan - Te devoro", "Lenine - Todas elas juntas num só ser" (Que considero a música mais genial com essa ideia), "Sabaton - Metal Machine", "Sabaton - Metal Crüe", "RPM - Olhar 43", dentre outras, apenas achei interessante a ideia de fazer um texto romântico com diversas símiles, referências e alusões a personagens, músicas, compositores e afins.

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